Recursos serão investidos na modernização de estações de tratamento de água e de esgoto, na geração de energia limpa e na redução de perdas de água potável
A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) assinou nesta segunda-feira (14) com o Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW – Kreditanstalt für Wiederaufbau) financiamento no valor de 50 milhões de euros, o equivalente a 312 milhões de reais, para investir na modernização e ampliação no sistema de água e de esgoto do DF. Os recursos viabilizarão projetos de melhoramentos de estações de tratamento de esgoto, na geração de energia elétrica limpa visando reduzir custos operacionais e em ações de redução de perdas de água.
Os projetos da Caesb
O contrato entre a Caesb e o KfW tem a garantia da União e do Governo do Distrito Federal. O custo total do empreendimento é de 62,5 milhões de euros, o equivalente a 390 milhões de reais, sendo 50 milhões de euros financiados pelo KfW e 12,5 milhões de euros a serem investidos pela Caesb como contrapartida. Os recursos serão aplicados na modernização de seis estações de tratamento de esgoto (ETEs) da companhia: Paranoá, Recanto das Emas, Brazlândia, Gama, Norte e Sul.
A Caesb também investirá os recursos na geração de energia limpa a partir do aproveitamento do biogás produzido pela Estação de Tratamento de Esgoto Sul. Esse projeto, além de ampliar a fonte energética da companhia, reduzirá o consumo de energia elétrica convencional e os custos operacionais da empresa.
“No momento em que falamos em mudanças climáticas, estamos dando um importante passo para avançarmos na questão ambiental a partir de investimentos em saneamento”, ressaltou Reis. “Com esses recursos, estaremos aumentando a eficiência das nossas estações de tratamento de esgoto e dando maior aproveitamento energético aos gases que produzimos nessas estações. Tudo isso resultará em benefícios para o meio ambiente e melhor qualidade de vida para os moradores do DF”.
O projeto prevê ainda investimentos em equipamentos e obras para reduzir os índices de perdas de água potável e aumentar a produção. “Hoje, a Caesb produz 9 mil litros de água por segundo. Com esses novos investimentos, podemos chegar a 16 mil litros por segundo”, afirmou Reis.
Esforço conjunto
Na assinatura no contrato, Reis reforçou que esses projetos refletem o esforço conjunto do Governo do Distrito Federal, da Câmara Legislativa e do Senado Federal, que autorizou o empréstimo, e da Caesb em busca de soluções para garantir que o DF tenha água de boa qualidade o ano todo.
“Agradeço ao governador Ibaneis Rocha por ter nos apoiado nessa caminhada, apresentando o projeto à Câmara Legislativa, onde recebeu total apoio dos nosso distritais”, destacou. “Não é um projeto de um governo. É um projeto para Brasília. Com esses novos investimentos, o Distrito Federal vai ter segurança hídrica o ano todo, mesmo em longos períodos de estiagem”.
Na solenidade de assinatura do contrato, Reis esteve acompanhado pela secretaria geral da Caesb, Grazy Borges, e pelo diretor Jurídico, Luiz Eduardo Sá Roriz, além do secretário de Economia, Ney Ferraz Júnior, representando o GDF.
Nesta terça-feira (15), a comitiva da Caesb visitará uma estação de tratamento de água e de esgoto próxima a Frankfurt. Na volta a Brasília, Reis terá audiência com o governador Ibaneis Rocha para apresentar detalhes dos projetos a serem executados. “Queremos começar as primeiras obras ainda no início de 2015”, anunciou o presidente da Caesb.
O banco alemão
O KfW Development Bank tem apoio do Governo da Alemanha há mais de 60 anos. O banco tem como foco investimentos em políticas de desenvolvimento e cooperação internacional, tendo atuado em diversos países.
Com o apoio do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha, o KfW tem financiado programas e projetos de empresas estatais em países em desenvolvimento e emergentes, desde a concepção até a implementação e ao monitoramento do sucesso do empreendimento.
O objetivo central da instituição “é apoiar os países parceiros no combate à pobreza, garantindo a paz, protegendo o meio ambiente e o clima e tornando a globalização um lugar justo”, conforme Claudia Arce, diretora do KfW para América Latina e do Caribe.
Fonte. Caesb
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