Na terça (17) e nesta quarta-feira (18), os conselhos regionais de saúde do Gama e de Santa Maria promoveram o Fórum de Saúde Mental da Região de Saúde Sul, no auditório do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
Com uma ampla programação, o Fórum teve o objetivo de discutir a importância de tratar a saúde mental, apresentar propostas e sugestões de ferramentas que possam resultar em melhorias para o tratamento dos transtornos psíquicos de toda a Região de Saúde Sul (Gama e Santa Maria).
Fórum realizado no Hospital Regional de Santa Maria discute políticas públicas de saúde mental e promove atividades com práticas integrativas | Foto: Divulgação/IgesDF
“O propósito do fórum é chamar a atenção das autoridades para que vejam a importância que é a saúde mental. Vamos sacudir essa bandeira, vestir a camisa da saúde mental, que hoje é uma pauta muito importante para todos, tanto para o trabalhador quanto para a nossa comunidade, onde a gente vê crescendo o número de crianças e adolescentes com algum tipo de transtorno. Precisamos ter uma atenção voltada para isso”, destaca a presidente do Conselho Regional de Saúde de Santa Maria, Denise Bastos.
Atualmente, a Região Sul conta com um Centro de Atenção Psicossocial (Caps), localizado em Santa Maria, e isso foi bastante debatido pelos participantes do evento que compuseram a mesa de abertura. Para o superintendente da Região de Saúde Sul, Willy Pereira da Silva Filho, é fundamental a abertura de um novo Caps no Gama, mas sem esquecer de compor a força de trabalho de equipes especializadas para atuarem com a atenção psicossocial. “Precisamos de mais espaços, mas também precisamos de equipe multidisciplinar pra trabalhar atendendo a demanda de pacientes, que tem sido cada vez mais alta”, lembra.
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A diretora clínica do HRSM, Janaína Cristina Machado, destacou a importância de um olhar sensível à causa, tendo em vista que a saúde mental é um problema constante nos dias atuais. “Essa é uma luta sensível, pois trabalhamos com pessoas cada vez mais no seus limites. Aqui dentro do IgesDF temos o projeto Acolher, voltado para os colaboradores que quiserem fazer um acompanhamento com a equipe multidisciplinar para tratarem sua saúde e bem-estar, o que é essencial para a vida”.
No primeiro dia do fórum ocorreram duas palestras voltadas para as políticas públicas para a saúde mental infantojuvenil. Uma foi apresentada pela Diretoria de Serviços de Saúde Mental (Dissam), da Secretaria de Saúde do DF, que abordou as principais legislações acerca do tema e os serviços disponíveis na rede pública de saúde, destacando a Rede de Atenção Psicossocial (Raps).
Já a segunda palestra foi apresentada pela psicopedagoga Thais Holanda, do Instituto Social Santa Maria, com o tema O cotidiano pode ser adoecedor. Ela abordou a importância do uso controlado das telas, do bullying e do cyberbullying, dos transtornos atuais, principalmente os que podem ser piorados com o uso excessivo de telas, e a saúde mental das crianças, em especial as que estão dentro do Transtorno do Espectro Autismo (TEA) e as possibilidades terapêuticas com TEA. Também foram realizadas práticas integrativas com os participantes, com a prática de automassagem e reiki.
Nesta quarta, o evento abordou as políticas públicas voltadas para a saúde mental adulta e realizou uma palestra com o tema Discutindo emoções e iniciativas para a valorização da vida, além da realização de oficinas temáticas para discussão de possíveis propostas de melhorias.
*Com informações do IgesDF
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